No centro recinto de oração está uma estátua do Sagrado Coração de Jesus, que foi inaugurada a 13 de maio de 1932. Este é o centro geográfico de todo o Santuário e esta localização lembra-nos a centralidade da pessoa de Jesus Cristo, na mensagem de Fátima.
O convite feito por Nossa Senhora, nas suas aparições, foi sempre o de centrar, a própria vida em Cristo, na Sua mensagem, colocando-a em prática. Para isso, quer o Anjo de Portugal quer a Virgem Mãe propõem aos Pastorinhos e a quem os escutará algumas atitudes fundamentais: Adoração, Consagração, Conversão, Reparação e Misericórdia.
Adoração
Contemplando a estátua do Sagrado Coração de Jesus, somos desafiados a viver o primeiro convite: a adoração.
Na sua primeira aparição, o Anjo convida os Pastorinhos à adoração a Deus. O próprio Anjo, de joelhos, curvado até ao chão, desafia as três crianças a prostrarem-se também e ensina-os a rezar: “Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam”. Este espírito de adoração, que se transforma também em reparação, é concretizado na oração que o Anjo ensinará, depois, aos pastorinhos na sua última aparição: “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-vos profundamente e ofereço-vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os Sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Sacratíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-vos a conversão dos pobres pecadores”.
É exatamente, por isto, que a Eucaristia tem um lugar central na espiritualidade de Fátima. Diariamente são celebradas várias eucaristias e o Santuário tem, também, uma capela de adoração permanente, na cripta da Basílica da Santíssima Trindade. A procissão eucarística e a bênção dos doentes, com o Santíssimo Sacramento, fazem parte de todas as peregrinações aniversárias das aparições de Nossa Senhora, em Fátima.
Das Memórias da Irmã Lúcia
Numa festa anual que devia ser, talvez, a de Corpus Christi, a minha irmã costumava vestir alguns anjinhos, para irem ao lado do pálio, na procissão, a deitar flores. Como eu era sempre uma das designadas, uma vez, quando a minha irmã me fez provar o vestido, contei à Jacinta a festa que se aproximava e como eu ia deitar flores a Jesus. A pequenita rogou-me, então, que pedisse à minha irmã para a deixar ir também. Fomos as duas fazer o pedido: minha irmã disse-nos que sim. Provou-lhe também um vestido e, nos ensaios, disse-nos como devíamos deitar as flores a Jesus. A Jacinta perguntou: “E nós vêmo-Lo?” “Sim – respondeu minha irmã – leva-O o Senhor Padre nas mãos”. A Jacinta saltava de contente e perguntava continuamente se ainda faltava muito para ver Jesus.
Aprendamos com São João Bosco:
“Quereis muitas graças? Visitai com frequência Jesus Eucaristia. Quereis poucas graças, visitai-O pouco. Não quereis graça alguma, não visiteis Jesus Eucaristia.”
Rezamos:
Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-vos profundamente
e ofereço-vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo,
presente em todos os Sacrários da terra,
em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido.
E pelos méritos infinitos do Seu Sacratíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria,
peço-vos a conversão dos pobres pecadores.
Ó Jesus, é tudo por Vosso amor, pela conversão dos pecadores
e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria!