Em 1500, no santuário mariano de Loreto, em Itália, já se recitava uma ladainha onde se atribuía, a Nossa Senhora, o título de Auxiliadora dos Cristãos.
Em 1571, os turcos, inimigos da Igreja Católica, ameaçavam invadir a Europa e impor a religião de Maomé. Para defender o cristianismo, S. Pio V organizou uma poderosa esquadra, que avançou pelas águas do Mediterrâneo. Os dois exércitos lutaram, entre si, na batalha naval de Lepanto. Os muçulmanos foram vencidos e toda a cristandade rejubilou, em ação de graças, concedida por intercessão de Nossa Senhora.
Alguns anos mais tarde, em 1683, a cidade de Viena foi cercada pelos turcos, que se revelaram uma grave ameaça para a fé. Uma vez mais, o povo cristão invocou o auxílio de Nossa Senhora e o exército cristão saiu vitorioso. De forma, e para recordar este grande triunfo, foi fundada, na Baviera, uma Confraria em honra de Nossa Senhora Auxiliadora.
Em 1809, o imperador Napoleão I de França, que tinha como objetivo apoderar-se dos estados pontifícios, sequestrou o Papa Pio VII, mantendo-o no exílio. Pedindo o auxílio de Maria, e convidando o povo a unir-se a ele, o Papa pôde regressar, livre, a Roma. Como reconhecimento, o Papa instituiu a Festa de Nossa Senhora Auxiliadora, no dia 24 de maio.
Desde a infância que Dom Bosco se referiu a Maria como Mestra e Mãe, pois foi dessa forma que ela lhe foi indicada pelo personagem do “Sonho dos Nove anos”.
Na primeira experiência educativa de Dom Bosco, ele confiou a sua obra a Nossa Senhora da Consolação referindo que os jovens “pobres e em perigo” sentiram n’Ela proteção e consolo.
Anos mais tarde, vivendo a definição do dogma mariano, em comunhão com a Igreja Universal, Dom Bosco apresentou Maria Imaculada, aos seus jovens, como educadora e apoio no seu crescimento humano e cristão. Mais tarde, Dom Bosco dedicou a Congregação que estava a nascer à Virgem com o título de Auxiliadora dos Cristão.
A devoção a Maria (com a devoção a Jesus Eucaristia e ao Papa) foi uma das três devoções que marcaram a vida espiritual e apostólica de Dom Bosco.
Para Dom Bosco, Maria Auxiliadora foi modelo e guia na sua ação educativa e apostólica, mãe e mestra na sua experiência formativa, tantas vezes invocada nas suas orações.
Em Maria, Dom Bosco viu uma mãe, uma mestra, uma educadora por excelência, uma vencedora em todas as batalhas. Talvez por isso, toda a obra de Dom Bosco seja um monumento vivo de gratidão a Maria Auxiliadora.
Tal como nos ensinou Dom Bosco, Maria é a nossa companheira no nosso caminho rumo a Cristo, Ela é o nosso auxílio, certo, nos perigos, nas dores, nas alegrias. Ela não nos abandona, pelo contrário, leva-nos, nos seus braços, para um lugar seguro.
A entrega quotidiana a Maria caracteriza, assim, a espiritualidade da Família Salesiana.